Criatividade: uma habilidade do futuro

Criatividade: uma habilidade do futuro

Como você imagina o mundo em 2050?

Deixa a gente adivinhar, você deve ter imaginado algo entre carros voadores com estradas acima das nossas cabeças e um mundo pós-apocalíptico dominado pelas máquinas.

Fim dos livros impressos? Professores robôs? Mercados com caixas automáticos e sem funcionários? Bancos de dados servidos pelo governo? Bebês programados por computadores?

Seja o que for, sempre que nos desafiamos a imaginar o futuro, nos perdemos em cenários e ideias malucas demais para serem verdade – até se tornarem. Mas e as mudanças que estão por trás de tudo isso?

Nos últimos anos, temos ouvido falar muito em Inteligência Artificial e outras novas tecnologias que prometem revolucionar a maneira como nos relacionamos com as coisas, automatizando e recriando os serviços que conhecemos. Há pouco tempo, vimos na Arábia Saudita o primeiro robô do mundo a obter sua cidadania. E ainda assim, algumas pessoas estão tão fascinadas por esse cenário digno de ficção científica que nem pararam para pensar nos impactos não-materiais do avanço tecnológico.

Volta lá nas ideias que você teve ao imaginar o mundo em 2050, e se pergunte: quantas profissões deixariam de existir se isso tudo acontecesse?

Não é nenhuma novidade que as novas tecnologias estão mudando a estrutura do trabalho. É isso mesmo que você leu: ESTÃO.

Nos anos 1970, alguém seria tachado de maluco se dissesse que no futuro algumas pessoas iriam trabalhar em mesas cheias de computadores de última geração ou que fariam suas reuniões através de videochamadas. E quem diria que no futuro não existiriam mais vendedores de leite de porta em porta, hein?

Ao mesmo passo em que a tecnologia continua evoluindo de forma exponencial, novas profissões vão surgindo, enquanto muitas outras deixam de existir. A Inteligência Artificial tem tudo que é preciso para dar conta da maioria das habilidades que até então acreditávamos serem exclusivas do ser humano.

Tudo parece uma grande loucura agora, mas em poucos anos essa loucura vai soar normal e quem sabe até ultrapassada. E chegou a hora de encararmos essa mudança não como uma ameaça, e sim como uma grande oportunidade.

O futuro será sobre as pessoas.

No futuro, o que irá nos separar dos robôs serão nossas habilidades humanas, nossa capacidade de nos relacionar e de fazer conexões profundas. Como diria o Marcos Piangers em seu TED talk, nosso maior medo não deve ser que os robôs evoluam e roubem os nossos empregos, mas que nós acabemos virando robôs.

As máquinas são capazes de processar e aplicar regras de modo muito mais eficiente e rápido do que os seres humanos, mas não possuem nossa habilidade de quebrar regras, mudar o jogo, redefinir padrões, ter novas ideias, errar, tentar sem parar, acumular feedbacks, interagir e criar cada vez mais.

O mundo nos convenceu de que precisamos fazer as coisas com mais esforço, mais eficiência e mais rapidez, tanto na vida como no trabalho. Porém, a verdade é que isso é exatamente o que os computadores já fazem. E temos algo muito mais poderoso: a Criatividade.

Qual será a próxima grande ideia? Não sabemos ainda. Mas podemos ter certeza de que será criada por cérebros. Não porque nós somos mais espertos, mais rápidos ou mais inteligentes do que os computadores. O oposto. Somos mais lentos, irracionais e imperfeitos. E por isso, entendemos o mundo em vez de analisá-lo. (Henning Beck)

A Criatividade foi considerada uma das mais importantes habilidades do futuro. O que significa que nosso potencial criativo pode ser nosso grande diferencial. E isso não vale só para 2050 não, viu?

O futuro é agora.

Ser criativo não é apenas uma habilidade do futuro, mas também do hoje. Mesmo agora, no ano em que estamos, nenhuma profissão está imune. Todo mundo precisa de Criatividade. A cada dia, aumenta a nossa necessidade de atualização constante, já que vivemos em um mundo em que se torna cada vez mais importante perceber as mudanças enquanto elas estão acontecendo.

Criatividade deixou de ser privilégio dos artistas, designers, inventores e escritores. Ela também pertence aos médicos, motoristas, recepcionistas, vendedores, agricultores e todas as outras profissões do mundo.

Criar se tornou uma urgência. E o chamado vem do futuro.